Após anos e anos de muita tensão e muitos combates dentro e fora dos ringues, perceberam que esta situação de rivalidade extrema estava começando a prejudicar a imagem de ambas as lutas. Praticantes das duas artes, desde iniciantes, graduados e principalmente professores e mestres se pegavam nas ruas, praias, escolas e quebravam o pau nos torneios e campeonatos mundo afora.
Então foi decidido que uma luta derradeira deveria ser realizada entre o melhor representante da luta-livre e o melhor representante do Jiu-Jítsu. Essa luta decidiria e definiria de uma vez por todas qual era a melhor arte marcial. O vencedor do confronto mudaria de uma vez por todas as vidas de todos aqueles que trabalhavam com determinada arte marcial, definindo o destino de uma ou de outra pelas próximas dezenas de anos.
Após muita discussão, os grandes nomes das artes marciais escolheram os melhores lutadores para defender e lutar pelo seu estilo de luta favorito. De um lado, o grande Bigu Branco, experiente lutador de luta-livre, de outro, Rinaldo Santos, especialista de Jiu-Jítsu e pupilo de Carlson Gracie.
O confronto seria realizado de forma clandestina. Um verdadeiro combate de vale-tudo à portas fechadas. Nada de dinheiro ou prêmio. O que estava em jogo era o futuro do Jiu-Jítsu. O futuro da Luta-Livre.
Ali, naquele dia, naquela histórica academia, as autoridades ficaram proibidas de entrar. As televisões não dariam cobertura e não haveria plateia. Mas para registro, os próprios organizadores filmariam o confronto, que seria usado como prova definitiva da melhor luta de todas, pelo resto dos tempos.
Entre os presentes, estavam caras como Amaury Bitetti, Marco Ruas e o próprio Gracie. Nada mais do que a nata da nata do "MMA". Estavam ali para botar uma pedra na disputa entre as duas artes marciais. Um típico desafio de mestres. Uma luta sem regras daquelas onde o pau comeria solto, sem nada nem ninguém para separá-los.
Neste combate entre dois grapplers, a trocação é uma opção, mas foi deixada quase que totalmente de lado. O que se viu foi um combate de 50 minutos totalmente agarrado. Lutadores extremamente suados e exaustos, lutando até o último gás de energia.
Por vezes eles parecem usar o corpo do adversário como apoio para um breve período de descanso. Noutros parecem colar o rosto juntinho, como se querendo sentir a respiração ofegante do oponente.
A rivalidade era explosiva. Não apenas uma rivalidade entre "machos", mas entre diferentes escolas de lutas.
Ainda assim, por um momento eles esquecem de tudo o mais à volta. Um dos lutadores, que veste uma sunga cavada, parece não perceber que ela fica prestes a sair. Nada disso importa. O grappling parece não ter fim e ninguém se atreve a encerrar aquele duelo que só poderia ter um vencedor.
Confira aqui no blog esta luta mais que legendária e que determinou o futuro das artes marciais no Brasil e no mundo.
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essa luta é um tesão! aos 45:37 quando o lutador de short puxa a sunguinha do outro e ela crava na bunda, fiquei até excitado hahaha
ResponderExcluirTá falando desta parte? Já estavam todo suados e molhados a essa hora. Tinham que usar o único pedaço de pano que tinham na frente pra dar a pegada. hahah.
Excluir[img]https://1.bp.blogspot.com/-4zRoGVEAXRo/XsSk1J3mvCI/AAAAAAAANa8/saJgUAjEMNgPLJpT0koAr4x7kTm07X7ogCLcBGAsYHQ/s1600/luta_na_academia.gif[/img]
Essa luta amadora tá entre as minhas favoritas de todos os tempos. Essa pegada na sunguinha do cara é épica.
ExcluirBatalha do caralho!
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