submission, wrestling, jiu-jítsu, grappling e mais
 

22 de setembro de 2025

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É Luta-Livre Esportiva, meu irmão!



É luta de Submission na veia, com muita testosterona e um pouco de história da Luta Livre Esportiva e sua rivalidade com o Jiu-Jítsu!
Com todos esses últimos vídeos postados no blog, é hora de botar um pouco de ordem nesta zona, e injetar no site uma boa dose de testosterona. E nada melhor pra isso do que resgatar uma das melhores lutas já vistas em torneios de Submission, luta do tipo que não se fazem mais nestes tempos de lutadores Nutella, tudo com a benção da luta livre esportiva, afinal o rola rolou no torneio da arte marcial tipicamente carioca, o 2º Gladiator de Luta Livre Esportiva. Mas qual o lance dessa luta, afinal? Meu, senta aí que lá vem história.

Vou te contar a origem da luta livre esportiva, uma parada que é praticamente um patrimônio carioca, nascida e criada nas areias da praia e nos tatames das academias da Zona Sul.

Tudo começou lá no início do século passado, com uns malucos pegando o que tinha de bom em várias artes marciais – o catch wrestling dos gringo, uma queda de judô aqui, uma chave de sambo ali – e criando um estilo próprio, mais solto, mais rápido, sem aquele kimono quente. A galera treinava na praia, no clube, na laje... era a luta do povo, do cara que não tinha grana pra pagar aquelas academias fechadas de jiu-jitsu.

Aí que entra a treta, meu parceiro! Porque o jiu-jitsu, naquela época, era a arte marcial da elite, entendeu? Dos playboys do Leblon, dos copacabanenses. Eles tinham aquela tradição japonesa, o kimono branquinho, a hierarquia dos graus... e olhavam pra luta livre, que era sem gi, mais dinâmica, como uma luta de malandro, de "vadio". Falavam que os caras só sabiam rolar no chão, que não tinham tradição.

Mas aí é que tá a marra do carioca: os caras pegaram essa provocação e viraram o jogo. A Luta Livre Esportiva criou sua própria identidade, sua própria filosofia. E mostraram na prática! A rivalidade era tanta que rolavam uns desafios épicos, os famosos "desafios luta x luta". Nos anos 40 e 50, então, era briga de verdade! Os caras se encontravam e partiam pra porrada pra ver qual arte era superior. Teve época que a polícia tinha que intervir!

O pessoal da luta livre sempre foi o underdog, o Zé Carioca metendo o louco no leão. Enquanto o jiu-jitsu ficava na dele, a Luta Livre foi se espalhando, ficando popular. Criou seus mitos, como o lendário Euclydes "Tatu" Hatem, que diz a lenda que mandou ver em mais de 200 desafios e nunca perdeu. Na moral, ele era o pesadelo dos jiu-jiteiros da época.

E não para por aí, não. A Luta Livre é a mãe do MMA no Brasil, pode crer! Foi de lá que saiu o Marco Ruas – o Ruas Pitbull –, que foi lá e dominou um dos primeiros UFCs mostrando a efetividade da luta. E o José Aldo, maior peso-pena da história. Criado na Luta Livre!

Então, resumindo a ópera: o Jiu-Jitsu é o irmão mais velho, sério e tradicional. A Luta Livre Esportiva é o irmão mais novo, malandro, criativo e que não tem medo de confusão. Nasceu na praia, foi criada na raça e mostrou pro mundo que, com jeitinho e técnica, o cara desfavorecido também pode chegar lá e dar um baile. É o espírito carioca encarnado em forma de luta: leve, solto, inteligente e com uma malandragem que só quem é carioca entende.

E olha, a rivalidade? Hoje é mais respeito, mas a chama ainda queima. No fundo, todo mundo sabe que as duas se completam e formam o arsenal de guerra do lutador brasileiro. Mas a origem, a raiz malandra e popular, essa é 100% CARIOCA, meu irmão!


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